Miliciano filiado ao partido apenas 20 dias após eleições de 2016 é identificado como elo entre políticos detidos e assassinato de Marielle Franco.
Uma reviravolta nas investigações do caso Marielle Franco trouxe à tona um desdobramento surpreendente.
A Polícia Federal revelou que um miliciano filiado ao PSOL esteve envolvido na coleta de informações sobre as atividades da vereadora.
Identificado como Laerte Silva de Dilma, este indivíduo se associou ao partido meros 20 dias após o segundo turno das eleições de 2016, estabelecendo uma conexão direta entre o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, ambos detidos preventivamente neste domingo sob a acusação de serem mandantes do crime.
As ordens de prisão, assinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, vieram à luz após a delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de efetuar os disparos fatais contra Marielle.
Lessa detalhou que a conspiração para eliminar a vereadora teria sido planejada em setembro de 2017, durante uma reunião com os irmãos Brazão, onde Marielle foi identificada como um “obstáculo” aos interesses deles.
Laerte já havia sido condenado em outra operação policial denominada “Intocáveis”, por seu envolvimento com uma das organizações criminosas mais temidas da Zona Oeste do Rio.