Parlamentares da oposição formalizaram na Câmara dos Deputados o requerimento de impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva.
A liderança dessa iniciativa coube à deputada Carla Zambelli (PL-SP), que protocolou oficialmente a petição, já endossada por 33 deputados, conforme anunciado.
O impulso para essa ação ganhou força após pronunciamentos controversos de Lula durante uma coletiva de imprensa na Etiópia no último domingo.
Na ocasião, ele estabeleceu uma comparação entre as operações militares israelenses em Gaza e o Holocausto, evento histórico caracterizado pelo genocídio de judeus sob o regime de Adolf Hitler.
Lula afirmou: “O que Israel está fazendo na Faixa de Gaza com o povo palestino é sem precedentes, a não ser pela tragédia do Holocausto perpetrada por Hitler”.
Tais declarações levaram a deputada Bia Kicis (PL-DF) a anunciar, por meio das redes sociais, a iniciativa de preparar o pedido de impeachment com base em “atitudes hostis ao Estado de Israel”.
Kicis sublinhou a importância das relações diplomáticas com Israel, criticando a postura do presidente e argumentando que suas ações expõem o Brasil a riscos graves e desnecessários.
O pedido de impeachment fundamenta-se na Lei dos Crimes de Responsabilidade, que estipula, entre outros pontos, a destituição do mandato por atos hostis contra outras nações capazes de gerar conflitos ou afetar a neutralidade do país.
Carla Zambelli enfatizou a seriedade das declarações de Lula, alertando para as possíveis repercussões negativas para o Brasil.
Até o momento, o pedido conta com a assinatura de 33 parlamentares, evidenciando um aumento do descontentamento em relação à atual administração presidencial.