O ex-presidente Jair Bolsonaro depôs por cerca de duas horas à Polícia Federal, alegando que compartilhou, “por engano”, um vídeo que questionava a vitória de Lula nas eleições.
Ele disse que pretendia enviar o vídeo para seu WhatsApp para assistir posteriormente, mas acabou postando o conteúdo publicamente no feed. Mesmo tendo sido deletado de seu perfil três horas depois, o vídeo serviu de argumento para Alexandre de Moraes convocá-lo para prestar depoimento no inquérito do 8 de janeiro.
O vídeo compartilhado por Bolsonaro mostrava um trecho de uma entrevista do procurador Felipe Gimenez, do Mato Grosso do Sul, questionando o processo eleitoral. Gimenez virou alvo de representação na Corregedoria da Procuradoria Geral Eleitoral, mas disse nunca ter mantido qualquer contato com Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente estava internado em um hospital em Orlando sob efeito de morfina e que foi um equívoco na hora de salvar o arquivo. Ele não percebeu que havia postado e só tomou conhecimento depois por seus assessores. Segundo os assessores, o ex-presidente se limitou a comentar a postagem durante o depoimento à PF e evitou responder a outras perguntas para não prejudicar sua defesa no processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral.
Bolsonaro é acusado de abuso de poder político ao questionar a segurança das urnas eletrônicas em um caso que deve ser pautado em breve. A Procuradoria Eleitoral já se manifestou pela cassação dos direitos políticos do ex-presidente. No entanto, sua defesa afirma que o encontro com os diplomatas não configurou ato eleitoral e que as eleições de 2022 são página virada.
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