Nesta segunda-feira (16), o dólar registrou forte valorização, atingindo R$ 6,09, o maior valor em meses.
Em resposta, o Banco Central realizou intervenções no mercado, incluindo a venda de US$ 1,63 bilhão no mercado à vista, reduzindo temporariamente a moeda norte-americana para R$ 6,04.
A ação emergencial foi acompanhada de leilões adicionais, previamente anunciados, que totalizam até US$ 3 bilhões com recompra programada.
A alta do câmbio reflete preocupações crescentes com a economia global e pressões internas sobre os gastos públicos e inflação.
O Boletim Focus, divulgado nesta manhã, reforçou o cenário desafiador, revelando que a inflação projetada para 2024 subiu de 4,84% para 4,89%, acima do teto da meta de 4,50%.
Para 2025, a estimativa também avançou, passando de 4,59% para 4,60%. Por outro lado, as projeções para o PIB foram ajustadas para cima, com crescimento esperado de 3,42% em 2024 e 2,01% em 2025.
Economistas ainda revisaram para cima a taxa básica de juros, que pode alcançar 14% ao ano em 2025, na tentativa de controlar a inflação e estabilizar o mercado financeiro.
O mercado segue atento a eventos econômicos desta semana, incluindo a ata do Copom na terça-feira (17), a decisão do Federal Reserve sobre juros na quarta-feira (18), e o relatório trimestral de inflação na quinta-feira (19).
Enquanto isso, o Ibovespa reflete as incertezas, registrando leve alta de 0,03% na manhã de hoje, enquanto o dólar era cotado a R$ 6,0448.
O cenário exige medidas consistentes para garantir a estabilidade econômica do Brasil diante de pressões internas e externas.