A estatal confirmou ter usado ferramenta orçamentária de forma irregular, o que pode ampliar significativamente o déficit para 2025.
A Telebras informou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que recorreu a uma manobra fiscal para lidar com sua difícil situação financeira, apesar das promessas de Lula de retirar a empresa do plano de privatizações.
Sob a administração atual, a estatal enfrenta cortes nos recursos autorizados, levando a um déficit projetado para 2025 de aproximadamente R$ 184 milhões, mais que o dobro do registrado neste ano.
A informação, divulgada pelo portal Uol, revela que a Telebras utilizou Despesas de Exercício Anteriores (DEA) para transferir compromissos de 2023 para o orçamento de 2024. Embora seja uma prática legal em situações excepcionais e bem definidas, o TCU considera o uso feito pela Telebras como irregular, por não se enquadrar nos parâmetros previstos.
O uso inadequado dessa ferramenta pode inflar artificialmente o orçamento de um órgão, gerar acúmulo de dívidas para a União, distorcer os resultados fiscais e prejudicar o planejamento orçamentário futuro. Atualmente, a Telebras está sob a supervisão do Ministério das Comunicações, liderado por Juscelino Filho, deputado do União Brasil pelo Maranhão.
No entanto, a estatal também é fortemente influenciada pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), que, segundo informações, trocou toda a diretoria e colocou aliados políticos em cargos estratégicos.