Manifestantes mantêm militares reféns e bloqueiam estradas; situação se agrava com investigações contra Morales.
A Bolívia enfrenta um período de instabilidade crescente, intensificado há cerca de 20 dias, quando apoiadores do ex-presidente Evo Morales passaram a invadir quartéis e manter militares como reféns. Entre os manifestantes, encontram-se produtores de coca, camponeses e mineradores, que têm se oposto ao presidente Luis Arce, ex-aliado e atual rival de Morales.
Desde o início da crise, a região de Cochabamba tem sido palco de bloqueios em estradas, dificultando o transporte e a mobilidade. Na última sexta-feira (1), as autoridades bolivianas, com o auxílio de tratores, começaram a remover as barreiras com o objetivo de restaurar a ordem.
No entanto, essa ação provocou uma reação ainda mais intensa por parte dos manifestantes, que invadiram instalações militares em resposta ao que consideram um ato de repressão. Paralelamente, Evo Morales enfrenta uma investigação sob a acusação de envolvimento com uma menor de idade, fato que adiciona mais tensão ao cenário político do país.