Nesta quarta-feira (29), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a liberação do major Flávio Silvestre de Alencar e do tenente Rafael Pereira Martins.

Com a concessão da liberdade provisória, ambos deverão cumprir medidas como uso de tornozeleira eletrônica, apresentação semanal à Justiça e proibição de sair do país.

Alexandre de Moraes concede liberdade provisória para os oficiais da PM

Eles eram os últimos dois oficiais de um grupo de sete membros da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) que permaneciam presos preventivamente por suspeita de omissão nos eventos de 8 de janeiro.

As prisões ocorreram em agosto de 2023, e todos respondem a uma ação penal no STF por suposta omissão, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo Moraes, as prisões não são mais justificáveis devido ao estágio atual do processo, que já concluiu as audiências.

A PGR também concordou com a revogação das detenções. “O encerramento da fase instrutória altera significativamente o cenário fático, indicando que a segregação cautelar não se justifica mais, seja para garantir a ordem pública, seja para a conveniência da instrução criminal, pois não há risco atual de reiteração do crime nem de interferência na produção de provas,” afirmou o ministro.

Os dois oficiais continuam ativos na PM-DF. Moraes já havia concedido liberdade provisória a outros oficiais que passaram à reserva da corporação. Além de Flávio Silvestre e Rafael Pereira, também respondem ao processo no STF os coronéis Klépter Rosa, Fábio Augusto Vieira, Jorge Eduardo Naime, Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues.

Os militares são acusados de omissão e dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, uso de substância inflamável contra o patrimônio da União, causando prejuízo significativo e deterioração de patrimônio tombado.

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