Nesta quinta-feira, 8, a Polícia Federal realizou a Operação Tempus Veritatis, que resultou na descoberta de uma minuta de golpe na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, na sala de Jair Bolsonaro.

Polícia Federal encontra documento com argumentos para estado de sítio na sala de Jair Bolsonaro

O documento apresentava supostas justificativas para a decretação de um “estado de sítio” no país. O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, se manifestou nas redes sociais, destacando que o documento encontrado era apócrifo e que seu padrão não refletia as tradicionais falas do Presidente.

Wajngarten enfatizou que o conteúdo do documento exigiria ação conjunta de outros poderes e refutou qualquer tentativa de envolver Bolsonaro em um cenário político que ele não apoiaria.

A Operação Tempus Veritatis resultou na prisão de dois aliados de Bolsonaro, como relatado pela Jovem Pan. A ação da PF tem como objetivo desmantelar uma suposta organização criminosa que teria atuado para manter Bolsonaro no poder por meio de um golpe de Estado, visando a abolição do Estado Democrático de Direito.

Conforme revelado em um relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, a PF informou que Bolsonaro recebeu uma minuta de decreto para executar um golpe, incluindo a prisão de autoridades. A primeira versão do documento mencionava os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e propunha a realização de novas eleições.

A investigação apontou que a minuta detalhava alegadas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo, sendo entregue pelos assessores Filipe Martins e Amauri Feres Saad.

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