O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, enfatizou o papel do Judiciário na prevenção do suposto ‘golpe de Estado’ em 8 de janeiro de 2023, enquanto o ministro da Defesa, José Múcio, adotou uma perspectiva mais realista, argumentando que a tentativa de golpe não se concretizou devido à falta de apoio do Exército.

Em declarações ao Globo, Múcio afirmou: “É possível que algumas pessoas na instituição tivessem essa intenção, mas as Forças Armadas não estavam inclinadas a apoiar um golpe. Uma revolução não acontece sem um líder.” Múcio salientou a divergência de visões tanto da esquerda quanto da direita em relação ao Exército: “A esquerda temia os militares, achando que desejavam um golpe, e a direita ficou ainda mais apreensiva, pois os militares não o executaram.” Além disso, o ministro da Defesa apontou falhas na gestão do acampamento em frente ao quartel-general em Brasília, questionando por que o STF não determinou a remoção dos manifestantes antes do dia 8.

Ele defendeu sua abordagem cautelosa, afirmando: “Eu faria tudo da mesma maneira. Foi essa abordagem que nos trouxe a tranquilidade atual nas Forças Armadas.” Sobre a crise entre o Palácio do Planalto e os militares, Múcio garantiu que a situação foi resolvida, destacando uma relação “muito boa” entre Lula e as Forças Armadas.

Ele mencionou seu objetivo de pacificar as relações entre o governo e os militares, mas não confirmou se o alcançou. Quanto ao futuro, aos 75 anos, refletiu sobre a importância da família: “Tenho vários netos que querem a presença do avô. Descobri essa alegria na velhice.” Expressou gratidão a Lula e citou a motivação de contribuir para consertar o país como combustível, mesmo nos momentos de cansaço.

“Não existe revolução sem um chefe”, diz José Múcio ao rebater Alexandre de Moraes

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