Procuradoria-Geral da República mantém posição contra revogação da prisão preventiva do ex-deputado
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reiterou sua oposição à solicitação de conversão da prisão preventiva de Roberto Jefferson em prisão domiciliar.
Lindôra Araújo, em seu parecer, defende a continuidade da internação do político em um hospital particular no Rio de Janeiro, desde que haja necessidade de monitoramento médico.
Esta decisão da PGR surge no final da gestão de Augusto Aras e acontece após o ministro Alexandre de Moraes estabelecer um prazo de cinco dias, a partir de um despacho datado de 20 de setembro, para que a PGR se manifestasse sobre o pedido da defesa de Jefferson.
Os advogados João Pedro Barreto e Juliana David haviam solicitado a modificação da detenção para prisão domiciliar, baseando-se em um laudo emitido pelo Hospital Samaritano. Este laudo indicava que Jefferson estava apto para alta hospitalar com supervisão domiciliar, necessitando apenas de serviços de fisioterapia e nutrição para sua recuperação.
Lindôra Araújo justificou a manutenção da prisão preventiva devido às “reiteradas infrações às medidas cautelares” cometidas por Jefferson, tais como visitações inadequadas e divulgação de desinformação sobre o Supremo Tribunal Federal (STF).
A vice-procuradora ressaltou a gravidade desses atos e enfatizou que o ex-deputado escondeu armas de fogo, acumulando posteriormente um “arsenal bélico”. Segundo Lindôra, “a prisão preventiva é a única medida razoável, adequada e proporcional para assegurar a ordem pública e interromper a prática criminosa reiterada”.