Segundo uma entrevista concedida ao site Metrópoles, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, analisou a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) vir a anular resoluções emitidas por Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito relacionado às joias de Bolsonaro

Aras avalia que STF pode anular decisões de Alexandre de Moraes contra Bolsonaro

De acordo com as declarações de Aras, a questão deverá ser apresentada perante o plenário do Supremo Tribunal Federal, que é constituído por 11 juízes, mesmo que ainda não haja uma data definida para isso ocorrer.

Augusto Aras esclareceu a posição da Procuradoria-Geral da República: de acordo com essa visão, após deixar o cargo de Presidente, Bolsonaro não manteria o direito ao foro privilegiado e, portanto, não deveria ser submetido a julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Essa mesma perspectiva foi respaldada previamente por Lindôra Araújo, Vice-Procuradora-Geral da República.

Estabelecendo uma analogia, Aras ressaltou que as medidas adotadas por Alexandre de Moraes podem seguir um curso semelhante ao de Sergio Moro durante a Operação Lava Jato. Citando partes de sua entrevista, o Procurador-Geral afirmou: “Se a prerrogativa de foro estiver presente, as ações são consideradas legítimas. Contudo, caso o STF conclua que o foro não se aplica, as ações poderiam ser interpretadas como provenientes de um magistrado sem competência. Consequentemente, o Supremo teria a possibilidade de anular as ações, assim como ocorreu no caso de Moro na Lava Jato”.

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