Os paleontólogos estão acostumados a encontrar ovos fossilizados, mas é extremamente raro que eles contenham restos de embriões de dinossauros. Por isso, é especial encontrar dois deles na mesma ninhada na China. Cientistas, trabalhando com pesquisadores no Canadá e no Reino Unido, determinaram que os registros eram de hadrossaurídeo. Os fósseis encontram-se em excelente estado de conservação e constituem o melhor registo desta espécie alguma vez encontrado.

 

A descoberta foi feita na província de Jiangxi e publicada na revista científica BMC Ecology and Evolution. O Museu de História Natural de Yingliangshi, para onde foram levados, chamou os animais de Yingying. Os fósseis de ovos são de forma oval e quase 9 cm de diâmetro. Os paleontólogos estimam que seja evidência de animais que viveram no final do período Cretáceo, de 72 a 66 milhões de anos atrás.

 

 

Hadrossaurídeos e sua família

São as formas únicas dos crânios, vértebras e ossos dos membros desses animais que os tornam identificáveis. Esses animais pertencem à família dos hadrossaurídeos, também conhecidos como dinossauros com bico de pato.

 

Como o nome sugere, esses grandes herbívoros tinham bocas achatadas que lembravam os bicos dos patos modernos. O embrião que foi achado ocupa cerca de 40% do espaço dentro do ovo, então os cientistas acreditam que ainda não completou o desenvolvimento.

 

Bebê Ying é um dos embriões fósseis mais bem preservados já encontrados. As evidências encontradas ajudarão os cientistas a responder novas perguntas sobre os processos reprodutivos desses animais. Uma hipótese que surgiu a partir dessa descoberta sugeriu que as espécies desta família podem ter se desenvolvido mais tarde. Isso porque os ovos são muito pequenos para outros ossos encontrados no passado.

 

Os ovos de fósseis gigantes são encontrados desde o século XIX. Além disso, é bem difícil dar de cara com evidências de embriões que viveram aqui na terra. Isso faz com que essas descobertas como por exemplo o Bebê Ying torna-se muito valioso para os registros do passado no planeta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *