O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, informou na terça-feira (20) que sejam reconhecidas as atas eleitorais em posse da oposição na Venezuela e que o presidente Nicolás Maduro admita a derrota, permitindo assim o retorno da democracia.

Secretário-geral da OEA pede que Maduro aceite derrota eleitoral

Em comunicado, a Secretaria-Geral da OEA destacou que “o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) ainda não conseguiu apresentar a ata pela qual (Maduro) teria vencido, o que neste momento seria risível e patético, se não fosse trágico”.

Almagro afirmou que “é crucial” que Maduro aceite as atas da oposição, liderada por Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, e “reconheça sua derrota eleitoral, abrindo caminho para o retorno da democracia na Venezuela”. “Caso contrário, será necessário realizar novas eleições” com a presença de observadores eleitorais da União Europeia e da OEA, conforme o comunicado.

Almagro também sugeriu a criação de um novo CNE para mitigar as irregularidades institucionais que, em sua opinião, comprometeram o processo eleitoral realizado no último domingo, cujo resultado foi questionado por diversos países devido à falta de transparência na apuração.

María Corina Machado afirmou que a oposição majoritária obteve 73% das atas emitidas nas eleições presidenciais, dando a vitória a González Urrutia com uma margem “esmagadora”, contrariando o anúncio do CNE. “O manual completo de gestão fraudulenta do resultado eleitoral foi aplicado na Venezuela na noite de domingo, em muitos casos de forma muito rudimentar”, lamentou Almagro.

A OEA, com sede em Washington (EUA), convocou uma reunião extraordinária para debater o resultado da eleição presidencial nesta quarta-feira (31). A sessão do Conselho Permanente foi solicitada por 12 países membros, incluindo todos os governos latino-americanos que receberam nesta segunda-feira a ordem de Nicolás Maduro para retirar seus diplomatas de Caracas.

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